segunda-feira

Heféstion


Heféstion
                                                                      
Debaixo da tua candura,
esconde-se uma fonte de desejo milenar,
mas nem de longe eu vejo,
por onde a minha sede eu posso  matar...
Não sou grande como Alexandre,
mas pensei na grande conquista:
nossos corpos devorando um pomar,
com manhãs de Apolo, noites de Baco
e  madrugas de um Fauno,
com  sua flauta a tocar...
II
Honestas são as sereias
que seduzem e levam para o fundo do mar.
Você, ao contrário enfeitiça, para depois abandonar!
E saborear como  salgada delícia
as lágrimas de quem pensou  que podia  te amar...
Mire-me em Heféstion,
convertido  ao seu amado, tão grande:
"Não te preocupes rainha mãe, não cometeste erro nenhum.
 Ele também é Alexandre".
Salvador, 02 de outubro de 2011

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