sábado

Jornada amarga



Quando a tempestade anuncia a limpeza,
as lágrimas trazem a tristeza de uma noite sem fim...
Nas rugas da felicidade, estão as rotas cruas:
estradas nuas, desérticas, cordilheiras de ilusão...

E os ventos mudos, na vaga espera do florir,
levam ao fim do mundo os murmúrios da minha esperança,
corroídos pelas traças, já quase sem graça!

Tornei-me  estátua de cimento, infenso ao vento , ao olhar...
Rugas, capas, demãos de silêncio...
Esculpida por um sonho que a navalha faz definhar.

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